Biodiesel

A iniciativa privada apresenta estratégias inovadoras de produção, transformação e uso de matérias-primas para a produção de biodiesel, e busca oportunidades de novos negócios no Estado do Tocantins. Uma gama de pesquisadores e investidores do Brasil e do Mundo já estão de olho no negócio que esta transformando a economia das cidades do interior do Estado, envolvidas no projeto do pinhão-manso.

A produção agrícola da oleaginosa esta mudando a vida do homem do campo, pela geração de emprego e renda as famílias envolvidas. Mais de 300 produtores assinaram contrato de compra e venda com validade de dez anos, com a Biotins - localizada na cidade de Paraíso do Tocantins. A maioria é assentada da reforma agrária. Uma oportunidade de atender o aspecto social e garantir matéria prima para atender a demanda de biodiesel. São 4.500 hectares de área plantada, sendo 3.100 mil hectares de propriedade particular e o restante da agricultura familiar. (Jatropha curcas L.).

O projeto prevê inúmeras vantagens tanto para o pequeno produtor quanto para os grandes investidores. Um dos requisitos, para o investimento do projeto, é ter uma área em um raio de 250 quilômetros do município de Paraíso onde esta localizada a fábrica. Caso haja produções em outras regiões, há projeto para instalação de esmagadoras, a fim de produzir biodiesel para o mercado interno e externo.

Preocupado em garantir a sustentabilidade social e ambiental, o economista e empresário da Saudibras, Obeid Binzagr, prevê o envolvimento de 1.500 famílias de produtores rurais no projeto de pinhão manso no Tocantins para geração de emprego e renda.  “O projeto está afetando de maneira positiva a economia local pelo efeito multiplicador de aumento da renda, e de compra de insumos e peças agrícolas”, disse o empreendedor.

Segundo pesquisas da Embrapa, o pinhão-manso tem alto rendimento de óleo (produtividades superiores a 2.000 - 3.000 kg/ha de óleo). O Pinhão-manso é uma planta rústica, adaptada a condições edafoclimáticas, e tolerante a condições de cultivo com baixo nível tecnológico. Segundo o chefe geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Ozanan Machado Durães, a Embrapa está apostando nesse evento e está estudando profundamente o pinhão manso. “Firmaremos uma parceria público-privada importante e adequada. Estamos participando porque acreditamos no potencial de alto rendimento do pinhão manso.”

Uma rede de pesquisadores estarão participando do workshop e dia de campo, com o propósito de unir conhecimentos possíveis, por modelagem e experiências regionais de modo a realinhar esforços e aperfeiçoar o uso de recursos na pesquisa com Pinhão Manso. O projeto está indo no sentido de atender aos interesses dos municípios e governo, a fim de levarem renda, tecnologia, trabalho de volta ao campo, principalmente aos agricultores familiares, muitos abandonados pelo sistema de reforma agrária.

O “Jatropha World Congress”, é um seminário técnico – cientifico voltado para pesquisadores e estudantes de áreas afins, ocorre dia 20 de junho. Inscrições pelo site www.saudibras.com.br. O evento acontece na Fazenda Bacaba localizada a 210 quilômetros da capital tocantinense.


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